sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Renunciar para distribuir: regra do nosso jejum, diz cardeal.

Disponível em zenit.org

O cardeal-patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, indica aos fiéis que a regra do jejum nesta Quaresma seja «renunciar para distribuir».



Na homilia na Missa de Quarta-feira de Cinzas, na Sé Patriarcal, Dom José Policarpo explicou que a Quaresma é tempo de «conversão, atitude de quem não recusa o dom de Deus e aceita o confronto com a Sua Palavra criadora, e a transformação do coração».



A conversão é –disse o cardeal– saber que a mudança de vida que se deseja «não é o fruto da sua vontade e decisão humanas, mas da ação de Deus na sua vida».



Supõe a sabedoria humilde de não desperdiçar os dons da graça, aqueles momentos e meios através dos quais Deus transforma o nosso coração», como, por exemplo, a Palavra de Deus, os sacramentos, a oração, a esmola.



Para alimentar o desejo e a esperança da conversão –explicou o patriarca de Lisboa–, Bento XVI propôs à Igreja, neste ano, «a redescoberta do sentido do jejum, lembrando-nos, no entanto, que ele é indesligável da oração e da esmola».



As concretizações do jejum, como prática penitencial, que estão presentes na nossa memória são aquelas que herdamos de uma longa tradição: experimentar a fome do corpo para poder sentir a fome do espírito; renunciar a luxos e a prazeres físicos, tantas vezes ligados à comida, para nos abrirmos aos valores do espírito.»



Sem negar nenhum destes aspectos, que mantêm grande atualidade, temos de enriquecer a prática do jejum no contexto das atuais exigências da caridade: privar-se e renunciar, para distribuir; experimentar a modéstia, para dominar a nossa vaidade; ser pobre para poder perceber e acolher muitos dos nossos irmãos», afirma.



Segundo Dom José Policarpo, hoje aumentam as exigências da partilha. Renunciar para distribuir tem de ser a regra do nosso jejum, nunca esquecendo o conselho do Senhor: que a tua mão esquerda não saiba o que faz a mão direita».



Temos assistido à exuberância do anúncio das medidas financeiras, econômicas, sociais, para responder à crise. É compreensível porque o anúncio de medidas corretas pode suscitar a esperança.»



Já me foi perguntado se a Igreja, com uma longa experiência de ajuda fraterna e social, não vai anunciar a sua estratégia, a sua maneira de responder à crise», afirma.



“Que a tua mão esquerda não saiba o que faz a direita!”. Para além das respostas estruturadas, públicas por natureza, este momento exige a ajuda silenciosa, discreta, de pessoa para pessoa, de vizinho para vizinho, na intimidade das comunidades», considera.



Segundo o cardeal, «não está ao nosso alcance resolver os grandes problemas. Mas devemos acolher com amor, ajudar em tudo o que pudermos, porventura orientando as pessoas para outra fonte de solução. E aí, renunciar para partilhar pode ser manifestação da nossa esperança de conversão.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Temos amado nosso irmão?


Monsenhor Jonas Abib

"Muitas vezes, não temos amor nem misericórdia para com os nossos irmãos, porque, verdadeiramente, não acreditamos no amor de Deus.

Para romper com essa barreira é preciso pedir essa graça a Deus para que comecemos a amar os nossos próximos, a ter misericórdia de nossos irmãos e a perdoá-los, compreendendo-nos, ajudando-nos e nos levantando um ao outro. Olhemos para Jesus, que nos está tomando pela mão, nos arrastando da lama e tomando-nos no colo.

Precisamos, portanto, em primeiro lugar, acreditar no amor de Deus, na Sua misericórdia, no Seu perdão. Acreditar que Deus é realmente nosso Pai, cheio de amor e misericórdia. O amor de Deus não é um amor genérico, e sim, pessoal, ou seja, amor por mim. Ele me ama, me perdoa, tem misericórdia de mim, não me condena nem me acusa. Ele é meu PAI.

Não se esqueçam, irmãos, de que "A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (cf. 1 Coríntios 13, 4-7).

"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade" (I João 3,18).

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos amou primeiro!"

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Papa convida os cristãos a cuidarem de sua formação de religiosa

Rádio Vaticano

Cuidar de maneira assídua da formação religiosa para reproduzir na vida aquilo que se celebra na liturgia. Este foi o centro da audiência geral do Papa Bento XVI, desta quarta-feira, 18, na Praça de São Pedro.

O ensinamento aos cristãos contemporâneos foi apresentado a partir dos escritos do Venerável Beda, uma das mais insígnes figuras eruditas da Alta Idade Média.

Com os seus estudos, disse o Papa, dirigindo-se aos cerca de 20 mil fiéis presentes, o Venerável Beda contribuiu para a construção de uma Europa cristã.

Bento XVI, salientando que este monge foi um dos homens mais instruídos da Idade Média e um autor profícuo, coerente com sua reputação de santidade e sabedoria, destacou que as formas diversas de vida cristã atual, ganham orientações precisas com os ensinamentos de Beda.

Aos doutores, Bento XVI recordou as tarefas essenciais de estruturar a Palavra de Deus para apresentá-la de "forma atraente aos fiéis". O Papa pediu que exponham a verdade dos dogmas evitando as complicações e atendendo à "simplicidade católica" com a atitude dos pequenos e humildes.

Aos pastores, o Papa sublinha que devem "dar a prioridade à pregação, não apenas usando a linguagem verbal, mas valorizando os ícones, as procissões e peregrinações" e acrescenta que Beda recomenda o uso da linguagem informal.

Aos consagrados, que vivem a alegria da comunhão fraterna e progridem na sua vida espiritual através da contemplação, "Beda recomenda um apostolado em colaboração com os bispos para o desenvolvimento de atividades pastorais destinadas às jovens comunidades cristãs, disponibilizando-se para a missão evangelizadora fora do seu país”.

O Santo Padre recordou ainda os ensinamentos de Beda dirigido aos fiéis leigos para "serem assíduos à instrução religiosa". Aos pais explica que também no seu ambiente doméstico podem exercer um trabalho pastoral, formando os filhos de maneira cristã.

No final da catequese o Papa se voltou para os jovens, os doentes e os recém casados. Bento XVI pediu que os jovens "se preparem para a vida com empenho espiritual, edificando o vosso projeto sob a base sólida da fidelidade a Deus”.

Aos doentes pediu para oferecerem o seu sofrimento como sinal de "construção do reino" e aos novos casais, o Papa pediu para "fazerem crescer em cada dia a vossa família, graças à escuta de Deus, porque o equilíbrio advém do vosso amor recíproco e se abre ao acolhimento aos mais necessitados".

Papa saúda os peregrinos brasileiros

"Amados peregrinos de língua portuguesa, queridos estudantes brasileiros de Criciúma, possa a vossa vinda a Roma se cumprir nas vestes de um verdadeiro peregrino que, sabendo ainda não possuir o seu Bem maior, põe-se a caminho decidido a encontrá-Lo! Sabei que Deus Se deixa encontrar por quantos assim O procuram; e, com Ele e n’Ele, a vossa vida não poderá deixar de ser feliz. Sobre vós e vossas famílias desça a minha bênção".

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O encontro de Zaqueu

Pe Geovane Saraiva

Jesus, no seu caminho para Jerusalém, ao atravessar a cidade de Jericó, encontra-se com Zaqueu. Que encontro belo e maravilhoso! O Senhor Jesus o chama pelo nome e pede que desça da árvore.



Ao contrário da multidão que só vê o mal e coisas negativas em Zaqueu, Jesus olha para ele com profundo amor, dizendo que ele tem jeito, que tem boas qualidades, que ele é filho de Abraão e que o Filho do Homem vai buscar e salvar o que estava perdido.



Zaqueu é um personagem do Evangelho que quer ver e tem uma vontade enorme de ver, mas ele não pode ver. Ele tem a desvantagem de ser de baixa estatura e também é descriminado por ser cobrador de impostos. O desejo dele, porém, é maior que tudo, ao ponto de subir em uma árvore para ver Jesus passar por aquele lugar. O Filho de Deus percebeu a ânsia, a vontade de Zaqueu e se manifestou, dizendo: “Zaqueu desce depressa porque hoje devo ficar em tua casa” (cf. Lc l9, 1-10).



É preciso, a exemplo de Zaqueu, de uma grande vontade, de atitudes e gestos concretos. Na passividade e na indiferença nada acontece. Nossa vontade de ver Jesus deve está associada também a uma vontade de praticar e de realizar a missão confiada a nós pelo Divino Mestre e Senhor da nossa vida e da história.



Jesus percebeu o desejo que brotou do coração de Zaqueu, que estava sem paz e intranqüilo, como tão maravilhosamente se expressa Santo Agostinho: “O meu coração está inquieto enquanto em vós não descansar”.



Jesus de Nazaré foi à casa de Zaqueu e a acolhida foi a melhor possível; foi uma grande benção para o seu lar. A visita produziu frutos, começando com a conversão desse pecador. “Senhor, eis que eu dou a metade de meus bens aos pobres e se explorei a alguém, vou devolver quatro vezes mais”.



A salvação que chegou a casa desse homem de baixa estatura não é um acontecimento qualquer, nem qualquer mensagem. Mas foi fruto do desígnio redentor de Deus que é Pai e que quer a redenção da humanidade, a nossa redenção.



A nossa vontade de ver Jesus, de ir ao encontro da “árvore da vida”, de fazermos uma experiência rica e profunda do amor de Deus, de um encontro pessoal com Cristo. Ele que é o caminho, a verdade e a vida, quando isso acontecer, a salvação terá chegado à nossa casa.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Papa destaca importância da confissão para a vida cristã.

Rádio Vaticano

O Sacramento da Confissão, deve ser descoberto ainda mais no seu valor e na sua importância para a nossa vida cristã."Os pecados que cometemos nos distanciam de Deus, e se não são confessados humildemente confiando na misericórdia divina, chegam até mesmo a produzir a morte da alma". Foi o que recordou o Papa Bento XVI neste domingo antes da oração do Ângelus, comentando o Evangelho do dia sobre a cura de um leproso ao qual Jesus havia pedido para não revelar o fato e de se apresentar aos sacerdotes para oferecer o sacrifício prescrito na lei de Moisés.



Segundo a antiga lei hebraica, disse o Papa, a lepra era considerada não somente uma doença, mas a mais grave forma de "impureza". Cabia aos sacerdotes diagnosticá-la e declarar impuro o doente, o qual devia ser afastado da comunidade e viver fora da cidade, até a eventual e bem certificada cura.



O Papa acrescentou, "de fato, a lepra constituía um tipo de morte religiosa e civil, e a sua cura uma espécie de ressurreição. Na lepra é possível ver um símbolo do pecado, que é a verdadeira impureza do coração, capaz de nos distanciar de Deus. Não é, de fato, a doença física da lepra, como previam as antigas normas, a nos separar de Deus, mas a culpa, o mal espiritual e moral".



O leproso do Evangelho, porém não ficou calado, ao contrário, proclamou a todos o que tinha ocorrido com ele, e assim, refere o evangelista, um numero ainda maior de doentes acorriam a Jesus de todas as partes, obrigando-O a permanecer fora das cidades para não ser assediado pelas pessoas.



"Este milagre – explicou o Santo Padre aos mais de 40 mil fiéis presentes na Praça São Pedro – se reveste então de um forte valor simbólico".



"Jesus, como havia profetizado Isaías, - disse o Papa - é o Servo do Senhor que carregou os nossos sofrimentos e assumiu as nossas dores. Na sua paixão, se tornará como um leproso, que se tornou impuro por causa dos nossos pecados, separado de Deus: tudo isso Ele fará por amor, a fim de que pudéssemos obter a reconciliação, o perdão e a salvação".



"No sacramento da penitência – conclui Bento XVI – Cristo Crucificado e ressuscitado, através dos seus ministros, nos purifica com a sua misericórdia infinita, nos restitui à comunhão com o Pai celeste e com os irmãos, nos doa o seu amor, a sua alegria e a sua paz".



O Papa concluiu suas palavras antes de recitar o Ângelus pedindo a Nossa Senhora, que Deus preservou de toda mancha de pecado, "a fim de que nos ajude a evitar o pecado e a utilizar frequentemente o Sacramento da Confissão, o sacramento do perdão, que hoje deve ser descoberto ainda mais no seu valor e na sua importância para a nossa vida cristã".



Saudações



Na conclusão da oração mariana, após ter concedido a sua Benção Apostólica o Papa se dirigiu a vários grupos de fiéis em suas respectivas línguas. Falando em polonês, Bento XVI sublinhou o valor social do Evangelho deste domingo, que, disse, "nos mostra Jesus" que, curando um leproso, se inclina sobre a miséria, sobre a doença e sobre o sofrimento humano. E o faz de modo amoroso, discreto e gratuito. "Encontrando a miséria humana, imitamos Jesus, levando ao próximo uma ajuda concreta, uma palavra de conforto e um gesto de consolação", disse o Santo Padre.



Entre os peregrinos de língua italiana, o Papa saudou os jovens participantes no terceiro laboratório nacional sobre o tema "Jovens e Cultura: o trabalho" organizado pelo Serviço Nacional para a Pastoral Juvenil no âmbito do triênio do "Agorá dos Jovens", o projeto da Conferência Episcopal Italiana que teve início com o grande encontro de setembro de 2007, em Loreto, onde mais de 500 mil jovens se encontraram com o Papa



O Papa também dirigiu a sua saudação aos fiéis de língua portuguesa, presentes neste domingo na Praça São Pedro. "Saúdo com afeto o grupo das paróquias do Barreiro e Vale de Figueira, em Portugal, e demais peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta vossa romagem vos ajude a fortalecer a confiança em Jesus Cristo e a encarnar na vida a sua mensagem de salvação. De coração vos agradeço e abençoo. Ide com Deus!"

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Campanha da Fraternidade 2009




O lançamento oficial da Campanha da Fraternidade 2009 na Arquidiocese de Belo Horizonte será no dia 26 de fevereiro, às 16h, no plenário Juscelino Kubitschek, da Assembléia Legislativa de Minas Gerais.



A CF 2009 traz como tema “Fraternidade e segurança pública! E lema: “A paz é fruto da justiça”,



Todos estão convidados.



Fonte: Arquidiocese BH

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O que Deus quer de mim? --- Mensagem do Dia.


Disponível em cancaonova.com

"A perfeição! Provavelmete custa-nos muito aceitar que seja assim, mas a verdade é esta que está escrita no Evangelho de São Mateus: " sede perfeitos, assim como Vosso Pai é perfeito". Mas o que é a a perfeição? ... Nada de pânico! Perfeição é a experiência da busca de um relacionamento cada vez mais verdadeiro com Deus; relacionamento contínuo e fiel, acima de tudo. Assim, Ele mesmo nos alimenta com perdão, amor, novas chances, mil chances e o Seu Espírito Santo. Quem se isenta desta meta, provavelmente precisa conhecer melhor quem Deus é."

Ricardo Sá

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

CONVOCATÓRIA DA III ASSEMBLÉIA DO POVO DE DEUS.


Amados e amadas de Deus:

Todos vós, "consagrados a Jesus Cristo com uma vocação santa, e a todos os que invocam, seja onde for, o nome de Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo... Fiel é Deus, que vos chamou à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso" (1 Cor 1, 2b-3.9).

Com imensa alegria, convoco a todos para a IIIª Assembléia do Povo de Deus de nossa amada Arquidiocese de Belo Horizonte. "Com os olhos fixos nEle" (cf. Lc 4, 20b), convido a todos a revermos nossa vida de fé, para que, em atitude orante, com profunda humildade, redescubramos a alegria do chamado que Ele nos fez, de sermos discípulos missionários, e nos coloquemos, uma vez mais, alegres, generosos, ousados, a serviço do Evangelho da Vida plena.

O desejo de convocar a III APD foi anunciado no dia 21 de novembro de 2007, na reunião do Conselho Presbiteral Arquidiocesano. Desde então iniciaram-se as consultas sobre as datas e metodologia. Entre os meses de fevereiro e abril o empenho para definir a metodologia, a qual, a seu tempo, será divulgada pelo Vicariato Episcopal para a Pastoral.

O caminho da IIIª APD será aberto, oficialmente no dia 04 de maio, Festa da Ascensão do Senhor, início da Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos, prosseguindo até final de outubro, com as indicações e orientações que serão, oportunamente, encaminhadas. O texto inspirador para essa abertura será Josué 24 (cf. Js 24, 1-5. 14-15.21-28). Nesse dia, convoco a toda a Arquidiocese para um momento especial de adoração eucarística às 15 h. Unidos na oração, junto à Mãe Maria, desde a Catedral da Boa Viagem, em todas as Paróquias e Comunidades, tenhamos os olhos fixos em Jesus Sacramentado, onde, na escuta de Sua Palavra, poderemos iluminar a dinâmica desta III Assembléia.

Iniciamos na Quarta-Feira de Cinzas deste ano a publicação de nossa Carta Pastoral "Discípulos missionários de Jesus Cristo, como Paulo Apóstolo, interpelados pela Palavra de Deus, na vida e na missão da Igreja, rumo à III APD". É uma carta aberta, como instrumento de diálogo, reflexão e oração com todo o Povo de Deus, a ser enriquecida ao longo deste processo o qual, mais que avaliar estruturas, dinâmicas e funcionamentos, deverá avaliar nossa vida de fé e nossa disposição em viver a comunhão eclesial e o serviço ao Reino de Deus.
Nos dias 08 e 09 de novembro, encerraremos os trabalhos desta magna assembléia, colhendo as indicações e orientações que dela surgirem para a caminhada de nossa Igreja as quais serão divulgadas na Festa da Imaculada Conceição, a 08 de dezembro do corrente ano.

Duas festas marianas – a Anunciação do Senhor e a Imaculada Conceição – emolduram este processo, para que, na escola de Maria (cf. DA 270), aprendamos a cada dia, a arte de ser discípulos missionários: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra!"(Lc 1, 38). Confiantes na presença do Senhor Ressuscitado, reconheçamos os seus sinais entre nós, atentos à orientação de sua Mãe: "Fazei o que Ele vos disser(Jo 2, 5). Dessa forma, como testemunhas autorizadas, poderemos continuar a ir e "fazer discípulos entre todos os povos" (Mt 28, 19).


Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O inacabado que há em mim! --- Mensagem do Dia


Disponível em cancaonova.com

"Sou como o rio em processo de vir a ser...

Eu me experimento inacabado. Da obra, o rascunho. Do gesto, o que não termina. Sou como o rio em processo de vir a ser. A confluência de outras águas e o encontro com filhos de outras nascentes o tornam outro. O rio é a mistura de pequenos encontros. Eu sou feito de águas, muitas águas. Também recebo afluentes e com eles me transformo.


O que sai de mim cada vez que amo? O que em mim acontece quando me deparo com a dor que não é minha, mas que pela força do olhar que me fita vem morar em mim? Eu me transformo em outros? Eu vivo para saber. O que do outro recebo leva tempo para ser decifrado. O que sei é que a vida me afeta com seu poder de vivência. Empurra-me para reações inusitadas, tão cheias de sentidos ocultos. Cultivo em mim o acúmulo de muitos mundos.


Por vezes o cansaço me faz querer parar. Sensação de que já vivi mais do que meu coração suporta. Os encontros são muitos; as pessoas também. As chegadas e partidas se misturam e confundem o coração. É nessa hora em que me pego alimentando sonhos de cotidianos estreitos, previsíveis.


Mas quando me enxergo na perspectiva de selar o passaporte e cancelar as saídas, eis que me aproximo de uma tristeza infértil. Melhor mesmo é continuar na esperança de confluências futuras. Viver para sorver os novos rios que virão. Eu sou inacabado. Preciso continuar.


Se a mim for concedido o direito de pausas repositoras, então já anuncio que eu continuo na vida. A trama de minha criatividade depende deste contraste, deste inacabado que há em mim.


Um dia sou multidão; no outro sou solidão. Não quero ser multidão todo dia. Num dia experimento o frescor da amizade; no outro a febre que me faz querer ser só. Eu sou assim. Sem culpas."

Pe. Fábio de Melo

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Não se envergonhe do seu Deus! --- Mensagem do Dia


Disponível em cancaonova.com

"O Segundo Mandamento é: "Não pronunciará o nome do Senhor em vão". E por que não falar o nome do Senhor em vão? Porque o nome do Senhor é santo. Não devemos usar o nome d'Ele, a não ser para bendizê-Lo, adorá-Lo e glorificá-Lo. O nome de Deus diz o que Ele é.

Quando nós professamos a nossa fé no Senhor estamos honrando o nome d'Ele. Você percebe que cada vez está mais difícil de fazer isso? Porque cada vez mais o mundo quer fazer o oposto do que Deus quer. Quando você professa a sua fé, você é chamado de "carola", "beato", "alienado"... Mas é aí que nós devemos professar a nossa fé, porque nós somos luz. Você precisa ser luz nas trevas, mesmo que o chamem desses nomes e o persigam. Deixe que as pessoas comentem. Não é para você fazer sermão nesses momentos, mas a boca fala daquilo que o que o coração está cheio.

Não se envergonhe do seu Deus, dos mandamentos do seu Deus, da sua Igreja, assim como você ama a sua mãe. A mãe é um bom exemplo. Ela é mãe, nos ama, mas tem defeitos. Você percebe hoje como se tem feito um ataque maciço contra a Igreja para difamá-la. E nós somos tão tolos que, diante de qualquer matéria na TV, já acreditamos. Assim como um corpo é feito de células, assim é a Igreja, na qual suas células somos nós. Os defeitos da Igreja somos nós. Mas a Instituição criada por Cristo é nossa mãe e devemos honrá-la, pois o nome de Deus é santo.

E quantas pragas rogamos contra a Igreja, contra autoridades, filhos, parentes e amigos! Perdoa-nos, Senhor, pelas nossas palavras. Nós que seguimos Jesus precisamos seguir a verdade. O Catecismo da Igreja Católica fala da importância do nosso nome. Quando você é batizado em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, você é selado em Deus. Quando você comparecer diante d'Ele, Ele vai chamá-lo pelo nome, por isso, honre-o [seu nome]. Precisamos fazer as nossas coisas começando o nosso dia em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Não só quando você acorda, mas, muitas vezes durante o dia, faça o sinal da cruz sobre todo o seu ser."

Monsenhor Jonas Abib

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Você quer sentir o amor de Deus? --- Mensagem do Dia


Disponível em cancaonova.com

"Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. Eis como sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele: aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu" (I Epístola de São João 2,2-6).

Eis como sabemos se conhecemos ao Senhor, não um conhecer bíblico simplesmente, mas um conhecer experimental. É dessa maneira que sabemos que O conhecemos: quando O experimentamos, respeitando os mandamentos d'Ele. Quanto mais guardamos os Seus mandamentos, tanto mais crescemos no Senhor, nas coisas do Alto.

Você quer sentir a cada dia o amor de Deus? Viva os mandamentos divinos, pois: "Aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu" (1Jo 2,6). O tentador nos engana dizendo que Deus é autoritário, mas isso não é verdade. Os mandamentos existem porque o Senhor sabe todas as coisas e só quer o nosso bem. Ele só quer que vivamos conforme Ele mesmo viveu. E como não sabemos viver da maneira d'Ele, Ele os (os mandamentos) deixou para nós. Talvez para você seja demais viver como Jesus, então viva como a Santíssima Virgem Maria; e se ainda for muito, viva então como São José."

Monsenhor Jonas Abib

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Só no Senhor encontramos repouso! --- Mensagem do dia


Disponível em cancaonova.com

"Todos nós temos necessidade de ter alguém que se comprometa conosco, que abrace a nossa causa, defendendo-nos, ajudando-nos e cuidando de nós. Temos necessidade de ser amados e acolhidos, principalmente nos momentos de dificuldade.

Precisamos tomar consciência de que não estamos sozinhos, porque o próprio Senhor nos prometeu que estará conosco todos os dias da nossa vida, e está sempre ao nosso lado.

É a Ele que devemos recorrer sempre, porque está sempre a nos chamar: "Vinde a mim vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve" (Mateus 11, 28-30).

Descansemos em Jesus e deixemo-nos cuidar por Ele. Façamos um ato de entrega de todas as nossas preocupações e inquietações, porque o Senhor sabe como fazer e resolver todas as coisas.

Com confiança, aproximemo-nos do Senhor e oremos incessantemente ao longo deste dia:


Jesus, eu confio em Vós!"

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Não estamos sós! --- Mensagem do Dia


Disponível em cancaonova.com

"Muitas vezes, nos sentimos amedrontados por causa das coisas que acontecem no nosso dia a dia, pois é impossível viver sem problemas. Mas Deus quer que sejamos fortes, e apenas crendo n’Ele é que conseguiremos essa fortaleza.

Nosso Deus é a nossa fortaleza e para conquistá-la é preciso sintonizar e confiar n’Ele. Talvez você esteja enfrentando um problema difícil. Diante de tanta imoralidade, tanta corrupção e tantas outras situações, é quase impossível não termos problemas com nossos filhos, com nossa família e nosso casamento. Precisamos aprender a enfrentar os problemas na fortaleza do Senhor, pois, muitas vezes, o inimigo nos pega por meio dos "probleminhas" do dia a dia e nos coloca no chão; e quando vêm os grandes problemas, já estamos arrasados.

Chega de cristãos serem colocados no chão e pisoteados pelo demônio! Estamos no Tempo da Misericórdia. Enchamo-nos de confiança e não deixemos nosso coração vacilar. Graças a Deus, todos os dias, em todas as partes do mundo, muitas Santas Missas são realizadas, sempre há alguma capela onde o Santíssimo é preservado e adorado, e lá está Jesus. Ele nos ajuda a enfrentar os verdadeiros e reais problemas. Para sentirmos a vitória em Deus, temos de ser vencedores nos problemas do cotidiano, para sermos vitoriosos também nos grandes problemas, confiantes n’Aquele a quem nós amamos."


Monsenhor Jonas Abib

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Quem sou eu? --- Mensagem do Dia


Disponível em cancaonova.com

"Quem sou eu? Eu vivo para saber. Interessante descoberta que passa o tempo todo pela experiência de ser e estar no mundo. Eu sou e me descubro ainda mais no que faço. Faço e me descubro ainda mais no que sou. Partes que se complementam.


O interessante é que a matriz de tudo é o "ser". É nele que a vida brota como fonte original. O ser confuso, precário, esboço imperfeito de uma perfeição querida, desejada, amada.


De vez em quando, eu me vejo no que os outros dizem e acham sobre mim. Uma manchete de jornal, um comentário na internet ou até mesmo um e-mail que chega com o poder de confidenciar impressões. É interessante. Tudo é mecanismo de descoberta. Para afirmar o que sou, mas também para confirmar o que não sou.


Há coisas que leio sobre mim que iluminam ainda mais as minhas opções, sobretudo quando dizem o absolutamente contrário do que sei sobre mim mesmo. Reduções simplistas, frases apressadas que são próprias dos dias em que vivemos.


O mundo e suas complexidades. As pessoas e suas necessidades de notícias, fatos novos, pessoas que se prestam a ocupar os espaços vazios, metáforas de almas que não buscam transcendências, mas que se aprisionam na imanência tortuosa do cotidiano. Tudo é vida a nos provocar reações.


Eu reajo. Fico feliz com o carinho que recebo, vozes ocultas que não publico, e faço das afrontas um ponto de recomeço. É neste equilíbrio que vou desvelando o que sou e o que ainda devo ser, pela força do aprimoramento.


Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo. Ou porque sou projetado melhor do que sou ou porque projetado pior. Não quero nenhum dos dois. Eu sei quem eu sou. Os outros me imaginam. Inevitável destino de ser humano, de estabelecer vínculos, cruzar olhares, estender as mãos, encurtar distâncias.


Somos vítimas, mas também vitimamos. Não estamos fora dos preconceitos do mundo. Costumamos habitar a indesejada guarita de onde vigiamos a vida. Protegidos, lançamos nossos olhos curiosos sobre os que se aproximam, sobre os que se destacam, e instintivamente preparamos reações, opiniões. O desafio é não apontar as armas, mas permitir que a aproximação nos permita uma visão aprimorada. No aparente inimigo pode estar um amigo em potencial. Regra simples, mas aprendizado duro.


Mas ninguém nos prometeu que seria fácil. Quem quiser fazer diferença na história da humanidade terá que ser purificado nesse processo. Sigamos juntos. Mesmo que não nos conheçamos. Sigamos, mas sem imaginar muito o que o outro é. A realidade ainda é base sólida do ser."


Pe. Fábio de Melo